A Sambada da Laia, encontro de artes integradas que há cinco anos vem levando à Camaragibe todos os segundos sábados de cada mês a fruição cultural aliada eao engajamento em prol de uma sociedade mais igualitária, está proibida de acontecer por causa de uma determinação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que está promovendo uma campanha contra a poluição sonora. Intitulada "Som sim barulho não", é voltada a donos e representantes de estabelecimentos onde são realizados shows e/ou quaisquer tipos de ações musicais da cidade de Camaragibe.
Os movimentos culturais da cidade não foram convocados a participar da audiência da referida campanha, que aconteceu no dia 28 de setembro. Na ocasião foi proibida a realização de qualquer tipo de ação/evento/apresentação que possa vir a ocasionar poluição sonora; à polícia militar, foi dado o poder de apreensão imediata dos equipamentos caso a proibição não seja respeitada.
A entidade realizadora da Sambada da Laia, o Laboratório de Intervenção Artística (Laia), que também possui um ponto de cultura (chamado Ponto de Cultura Tecer, conveniado com a Fundarpe) vem tomando providências para mobilizar e sensibilizar o governo e a sociedade civil para a continuidade da Sambada, carregada de tradição e resistência de um povo, única do gênero na cidade, que traz reconhecimento à Camaragibe e a Pernambuco. Reuniu-se com representantes da Fundarpe, da Representação Regional do Ministério da Cultura e foi ao MPPE de Camaragibe, onde agendou uma reunião para discussão do assunto, marcada para o dia 25 de outubro. Todos os acontecimentos referentes à luta pela liberação da Sambada estão sendo divulgados nas redes sociais e listas de e-mails de movimentos culturais.
O Laia e o Ponto de Cultura Tecer convocam todas/as a participarem da reunião no próximo dia 25, às 08h30, na Promotoria de Justiça de Camaragibe, para que juntos possamos protestar contra a proibição das manifestações culturais na cidade. Continuamos na caminhada em busca da liberação, atualizando sempre as informações e estamos abertos para qualquer sugestão de resolução dessa problemática. À Sambada de todos nós.
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