A Sambada da Laia, por trabalhar com musicalidades que possuem fortes influências africanas, por ser realizada por pessoas com sangue negro em suas veias, por se identificar com a cultura negra e compactuar da visão de que é necessário defender orgulhosamente essa cultura, que já foi alvo de tantas opressões e discriminações, se junta aos diversos movimentos culturais do Brasil que neste mês realizam suas ações em prol da Consciência Negra.
A programação se inicia com o Cineclube da Laia, exibirá pela primeira vez em Pernambuco o documentário Cambinda Estrela – maracatu de festa e de luta!, de Adriano Lima. O filme mostra as atividades do Maracatu Cambinda Estrela (da comunidade de Chão de Estrelas, Recife) que tem a educação como elemento chave para transformar a vida das pessoas. A sessão também contará com Solano Trindade – 100 anos, de Alessandro Guedes e Helder Vieira. O vídeo mostra depoimentos de amigos, admiradores e familiares deste grande poeta, negro e pernambucano. Outro filme a ser exibido The Tale of How (direção de The Blackheart Gang), animcação da África do Sul que fala sobre a criação da vida.
O realizador Adriano Lima estará presente para conversar com o público após a sessão. Depois dessa imersão cinematográfica, tem-se início a já tradicional a Brincadeira da(o) Laia, que convoca todos os presentes a transcenderem através do coco. Adiel Luna e Coco Camará, a prata da casa, abrem a festa e convocam os mestres e brincantes presentes a abrir a roda e dançarem no meio do salão, cantarem refrões e obrigações, baterem bombo, tocarem pandeiro e ganzás. Além da presença sempre brilhante dos mestres Zé Negão, Zé Maria e Manoel Ferreira, essa Sambada verá um encontro de três mestres de coco de Camaragibe e São Lourenço, que improvisam e versam coco com a perfeição métrica dos coquistas de antigamente: Rui Pereira, Leôncio Bernardo e Zeca do Pandeiro.
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