"Documentário não é um trabalho jornalístico, não tem o compromisso de ser objetivo, pode ser subjetivo"

A frase é um trecho de entrevista do documentarista Sílvio Tendler, sobre o novo filme dele, "Utopia e barbárie". A partir de sexta-feira (23) o cinema da Fundação Joaquim Nabuco começa a exibir a produção. O filme teve um processo de criação bastante longo, em que o diretor entrevistou personalidades, artistas, escritores, jornalistas e pensadores de países como Cuba, Estados Unidos,Itália, Brasil...que fazem uma reflexão sobre as utopias e acontecimentos violentos, relacionados ao panorama político do mundo, desde a 2ª Guerra Mundial. Todo esse trabalho se estendeu por 19 anos. Sílvio Tendler é um documentarista tarimbado: já ganhou seis prêmios no festival de Gramado, dois no festival de Brasília e teve seu filme sobre Glauber Rocha (Glauber o filme,Labirinto do Brasil), selecionado para o festival de Cannes. Tem intimidade no tratamento de temas políticos para o cinema e já realizou mais de 20 produções entre curtas, médias e longas metragens, além de seriados para televisão (Anos Rebeldes exibida pela Rede Globo e Era das Utopias, veiculado ano passado na TV Brasil). É também autor dos documentários com maior público nas salas do cinema nacional: Jango, fez um milhão de espectadores e Os anos JK, teve 800 mil pagantes. O filme tem um site bem legal, onde é possível ver o trailer, acompanhar depoimentos, saber mais detalhes sobre a produção e os entrevistados, e ainda baixar a revista "Utopia e barbárie". Clica lá: http://www.utopiaebarbarie.com.br/site/.